Inflamação intestinal: o que comer quando o intestino está em sofrimento - com receita de torta sem glúten
- Sofia Azevedo dos Reis
- 27 de jun.
- 3 min de leitura
Atualizado: 29 de jun.
Inflamação intestinal: o que deves saber
Se sentes desconforto abdominal frequente, inchaço, gases, diarreia ou obstipação, o teu corpo está a dar sinais de um desequilíbrio intestinal.
Outros sintomas, como cansaço constante, dores articulares, pele reativa ou dificuldade em emagrecer, também podem estar ligados a um intestino inflamado.
Dois dos grandes vilões para quem já tem inflamação intestinal são o glúten e a lactose. Vamos falar sobre isso já a seguir.
Porquê reduzir o glúten e a lactose?
O glúten é uma proteína presente no trigo, centeio e cevada. Mesmo que não sejas celíaco, esta proteína pode irritar o intestino, especialmente se ele já estiver fragilizado. Isso acontece com mais frequência do que se pensa e pode passar despercebido durante anos.
Já a lactose, presente em muitos laticínios, também pode causar desconforto, como gases e inchaço, principalmente quando vem de produtos industriais ou pasteurizados.
Pasteurizado VS não pasteurizado: qual a diferença?
Produtos lácteos pasteurizados são aquecidos a altas temperaturas para eliminar bactérias. Mas isso também destrói enzimas naturais que ajudariam na digestão da lactose. Resultado: para quem tem o intestino mais sensível, podem ser mais difíceis de digerir.
Por outro lado, queijos curados e não pasteurizados contêm menos lactose e bactérias vivas que facilitam a digestão e ajudam a colonizar o intestino com mais bactérias boas. Ainda assim, depende sempre de como te sentes ao comê-los. O mais importante é observar o teu corpo.
A importância de ler rótulos
Mesmo um molho de tomate pode esconder ingredientes inflamatórios como xaropes, amidos, conservantes ou aditivos. Tudo aquilo que não estás disposto a comer à colher, são ingredientes indesejados num rótulo de ingredientes. Lê sempre os rótulos com olhos de lupa: menos é mais e um molho de tomate só precisa ter tomate.
Receita: Torta sem glúten e sem massa (tipo lasanha)
Esta receita é perfeita para quem quer reduzir o glúten, controlar a inflamação intestinal e ainda assim manter o sabor e a saciedade.
Ingredientes:
100g de fígado de bovino
700g de carne moída de vaca
1 cebola picada (opcional - algumas pessoas com desequilíbrios intestinais podem sentir sensibilidade)
1 cenoura ralada
1 dente de alho (opcional - algumas pessoas com desequilíbrios intestinais podem sentir sensibilidade)
1 molho de tomate caseiro ou de compra (com rótulo limpo)
Sal marinho q.b.
1 a 2 ovos
Folhas de arroz
Queijo não pasteurizado (opcional - algumas pessoas com desequilíbrios intestinais podem sentir sensibilidade)
Sementes de sésamo ou linhaça (opcional, evitar se houver má absorção intestinal)
Modo de preparação:
Começa por refogar a cebola, a cenoura e o alho num pouco de azeite.
Junta a carne moída e o fígado picado. Tempera com sal marinho e deixa cozinhar.
Adiciona o molho de tomate e deixa apurar bem.
Reserva parte da carne para outros pratos e usa o restante para a torta. As quantidades devem ser usadas consoante necessidade, pois para uma torta maior, é só usar mais folhas de arroz e, para uma menor, menos folhas de arroz.
Bate os ovos e mergulha neles as folhas de arroz, uma a uma, até que estas amoleçam.
À medida que tiras as folhas de arroz dos ovos, forra o fundo de uma travessa com algumas.
Recheia com a carne e, se quiseres, adiciona o queijo.
Cobre com mais folhas de arroz e, se ainda sobrar ovo, deita-o por cima da torta.
Polvilha com sementes (opcional) e leva ao forno ou à airfryer a 180ºC durante 20 a 30 minutos, ou até dourar.
Esta torta fica incrível! Crocante por fora, suculenta por dentro e cheia de nutrientes.
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